Tantas lembranças que nos fazem perceber a importância de encontrar um público diverso, compreender a cidade como experiência estética, política e artística, de como devemos sair dos muros dos teatros, das Universidades, dos espaços que restringem os encontros; de como devemos nos encontrar.
Esse projeto também trouxe de volta o Grupo X para a cena local que, na maioria das vezes, é tão ingrata com seus artistas.
Pudemos compartilhar a experiência de 20 anos com artistas jovens que trouxeram novas rotas para nosso trabalho e junto com artistas experientes.
Trabalhamos com uma equipe engajada, competente, maravilhosa na produção, comunicação, fotografia, e video, fortalecendo a cadeia de produção da Dança, na cidade de Salvador.
Bem, penso que é importante frisar a importância da cadeia produtiva da Dança, nesse momento em que perdemos - cada vez mais - os recursos, os incentivos, quando os editais são escassos e os meios de financiamento desaparecem. A cultura dá emprego, gera renda, movimenta uma cadeia grande de serviços, comércio, transporte. Em cada espaço que ocupamos, fazemos girar a economia daquele local, com o público que também faz parte disso tudo.
Um espetáculo que tratava das nossas memórias coletivas e individuais que criava, a cada dia, novas memórias. Assim como é a vida!
Agradeço especialmente a Fafá Daltro, Natalia Rocha, Taynah Melo, Aline Lucena, William Gomes, Diane Portella, Iran Sampaio, Daiana Carvalho, Talita Avelino, Andréa Daltro, Rafael Rebouças, Joice de Oliveira Faria, Daniel Guerra, Aldren Lincoln, Mônica Santana, Karlene Rios, Bia Bem, Juniro Almeida e Iracema Vilaronga que fizeram parte dessa equipe.