segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Estudos de espaços não convencionais para dança.


Nós do Grupo X de Improvisação em Dança, depois da confusão de greve-recesso-férias da UFBA que atrapalhou a continuidade de nossos encontros às sextas-feiras, iremos retomar agora, dia 30/11, das 16h às 18h, na Escola de Dança.

Este convite é especial porque pretendemos fazer experimentações em retorno do que iremos apresentar no III Seminário do PPGDANÇA. Faremos uma comunicação demonstrativa sobre o processo de criação de Alvuras e estudos de espaços não convencionais para dança. Que tal?

foto de Dayse Cardoso

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Oficina Jardim de Fulaninhas

Na próxima terça-feira, dia 20-11, às 14h, faremos a oficina "Jardim de fulaninhas", compartilhando experiências criativas que aconteceram na França, no processo do Euphorico Je t'aime là. 

Trabalharemos com a turma do projeto "Contato Sutil", da Marinha, mas é aberto ao público, com vagas limitadas. Os interessados podem enviar email para grupoxdeimprovisacao@gmail.com e confirmar presença.

Esta oficina é parte da contrapartida feia ao Edital Mobilidade Artística - Secul, que nos apoiou com as passagens e seguros de viagem, para a realização do Euphorico.




domingo, 4 de novembro de 2012

Pequenos textos sobre espaço dança eufóricos no processo de criação em dança... encontros

por Fafá Daltro

Dispositivos, consignas ou proposições, todas essas palavras indicam que algo foi dado para estimular o início de um trabalho. Tais indicações, ao atravessarem os corpos dos dançarinos no espaço cênico ampliam as suas proporções. Assim, e imediatamente, se dá inicio ao trabalho colaborativo que exige atenção redobrada no exercício da escuta, pois se apresentam á percepção varias realidades que necessitam se ajustar no tempo espaço do ambiente cênico. Estar atento aos acontecimentos do espaço cênico que apresentam características fluidas organizadas pelos diversos elementos que constituem a composição coreográfica, tais como: dançarinos, figurino, iluminação, elementos cênicos (objetos tornados poéticos), público, maquiagem, voz  e textos. Todos esses elementos imbricados configuram espaços tempos moventes que se distanciam e se aproximam em torno de uma ideia comum, que é a elaboração de lugares significativos para se dar a ver através da dança.

foto de Edu O.

A dança, o corpo que dança, o espaço tempo construído por eles se encontram intrinsicamente correlacionados. Sua dramaturgia construída no exercício da improvisação em cena organiza o tecido poético concomitante ao momento da realização da ação. Sem passos lugares predefinidos  o corpo improvisador imagina e antecipa prevendo os acontecimentos que estão por vir, a imprevisibilidade e as incertezas que acompanham o seu fazer é que retroalimentam os arranjos perceptivos que ampliam a sua experiência.

ALGUNS DISPOSITIVOS :

1.     Arrumar o espaço rapidamente
2.     Foco
3.     Somente as mulheres
4.     Público
5.     Espaço vazio no inicio e no fim
6.     18minutos/tempo

Fotos de Agnés Jaubert

1.     Abraços abertos
2.     Foca
3.     Je Táime
4.     Musico independente
5.     Encontro/rendez-vous
         6. 5 minutos














1.Ruptura
2.Toque no inicio
3.Cantos
4.Muros e ou paredesT
5.Textos e voz
6.Cantigas

e ça c'est la mort!

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Se você estivesse aqui

Se você tivesse ido
Se você tivesse visto
Se você tivesse ouvido
Se você tivesse falado
Se você tivesse vindo
Se você tivesse lindo
Se você tivesse comido
Se você tivesse dançado
Se você tivesse comigo
Se você tivesse bebido

Se você tivesse vindo
Se você tivesse dito
Se você tivesse andado
Se você tivesse corrido
Se você tivesse comido
Se você tivesse comigo
Se você tivesse gritado
Se você tivesse cantado
Se você tivesse chorado
Se você tivesse lindo

Se você tivesse fechado
Se você tivesse visto
Se você tivesse vivido
Se você tivesse amado
Se você tivesse dito
Se você tivesse lindo
Se você tivesse mentido
Se você tivesse acabado

Se você tivesse dito
Se você tivesse lindo
Se você tivesse vindo
Se você tivesse comigo

Se você estivesse e aqui

Amanhã (03-11), apresentaremos o Euphorico: Je t'aime là, em La Distillerie-Aubagne. Duas semanas que voaram.... Não sei o que faz o tempo correr assim. Talvez a vontade da presença constante, talvez o amor, os nossos "je t'aimes". O certo é que não será o fim, pois não acaba nos aplausos. Continua, continua, continua... Como água no mar, como ondas. E mais uma vez caimos n'água todos juntos.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O vendedor de olivas


Foi especial a performance realizada no último sábado (27-10), na feira livre de Aubagne. Esta proposta foi uma continuação da oficina aberta à todo o público. Estavam inscritos profissionais de diversas áreas e faixa etária bastante diversa. Embora estivessem presentes algumas pessoas de teatro, estávamos receosos como os participantes iriam se comportar na rua. Porque sabemos como é diferente fazer uma performance em área externa para quem está acostumado à caixa preta e ainda mais com improvisação, lidando constantemente com o acaso e aproveitando o que o ambiente oferece. O resultado foi muito melhor do que esperávamos, com momentos bastante fortes. Havia algumas consignas no início para nos orientar e tentar fazer com que o grupo não se dispersasse muito. Havia bastante espaço para improvisação livre, mas deveríamos nos agrupar de tempos em tempos para realizar ações predefinidas. Ao fim, fizemos " a maior linha humana de Aubagne". Foi aí que o público nos surpreendeu, disponibilizando um minuto de seu tempo para fazer uma grande fila no meio do mercado. Lógico que algumas pessoas se recusaram a participar, mas o que ficou foi o prazer de quem aceitou nosso convite e se misturou com o grupo que improvisava. Enquanto a fila se movimentava e aumentava, havia um vendedor de azeitonas que oferecia a cada um que passava uma "oliva" e nos parabenizava dizendo que assim como ele, nós também estávamos trabalhando e merecíamos nos alimentar para continuar com aquela beleza.

Momentos que só arte proporciona.

PS. - é impressionante a higiene, silêncio e educação numa feira-livre francesa. Como vocês podem confirmar pelas fotos, podemos até deitar no chão, coisa impensável em qualquer cidade brasileira.





terça-feira, 30 de outubro de 2012

Como uma declaração, um cartão











Oficinas Je t'aimes là

Foram bastante ricos os dias de oficina realizadas no Euphorico: Je t'aime là. A programação desta atividade foi intensa, tendo início na última quarta-feira (24-10), à tarde, para um grupo de adolescentes, estudantes de dança que se repetiu na sexta-fera (26-10).

Esta atividade oferecida também para a comunidade em geral, sem necessariamente ter contato com a dança, assim, nos dias 25 e 26-10 tivemos, à noite, um público diversificado. Este grupo experimentou o trabalho das duas companhias de Dança envolvidas no projeto. 

Ontem, dia 29-10, as oficinas  aconteceram para profissionais de teatro que trabalham na instituição Tétines et Biberons, que atende pessoas com deficiência. Para este público foi reservado o dia de hoje (30-10), dividido em dois grupos distintos, com pessoas com e sem deficiência. Trabalhamos nos dois turnos em ambos os dias e tivemos respostas muito positivas em relação ao trabalho apresentado por Fafá. 

*Não temos ainda autorização para divulgar fotos das oficinas.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A jangada da Medusa

pintura de Théodore Géricault

Era apenas uma declaração de amor e destruiu tudo dentro dele. Um canto de sereia, um olhar de gato ou a sedução da Medusa. Os homens jogaram-se ao mar, as mulheres também. O primeiro caiu sem consciência e os outros o seguiram como se fosse o único caminho. Amar faz perder ar, naufragar em mar revolto e sorrir de alegria e desejo. Mergulhamos juntos e só depois descobrimos que não temos fôlego se perdemos o contato de mãos dadas na hora da subida. Quando se está perto não se sente nada, nem dor, nem nada....

* a pesquisa de hoje, no trabalho Euphorico: je t'aime là, começou a partir deste pintura de Géricault.

Por Edu O.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Uma trajetória Euphorica


Em 2004 as duas companhias de dança contemporânea encontram-se, pela primeira vez na França, para um “reconhecimento de poéticas” e criam a performance Apero Impro Danse. Participaram desse primeiro encontro os coreógrafos/dançarinos Edu O., Fafá Daltro (Grupo X), Helene Charles e Wilfrid Jaubert (Cia Artmacadam) e diversos músicos da região. Foram oito dias de pesquisa em improvisação, culminando com uma mostra pública na praça do Comoedia Café, em La Seyne sur Mer.

Nasce então o PROJETO EUPHORICO que tem como objeto a troca de experiências entre as duas companhias, dialogando entre aproximações estéticas e contrastes culturais. A primeira edição deste intercâmbio, “Euphorico - Poetic Dance Inclusive” teve lugar em Le Pradet e La Seyne sur Mer na França, no período de 24 de setembro a 09 de outubro de 2005, participando do « Rencontres Chorégraphiques d’Automne au Pradet» e apresentando-se no Théâtre Guillaume Appolinaire - La Seyne sur Mer. Resultou em peça coreográfica baseada na improvisação de música e dança, e também realização de performances em rua e estágios de sensibilização, principalmente junto a pessoas de mobilidade reduzida. Participaram neste ano Edu O., Jamiller Antunes (Grupo X), Wilfrid Jaubert, Helene Charles, Florence Morel (Cia Artmacadam), Jeremy Lai, Stephane Kara (músicos que construíram a trilha executada ao vivo).

Em outubro de 2006, a terceira residência se deu com o deslocamento da companhia Artmacadam para o Brasil para a edição intitulada “Euphorico: La Veritá”. O espetáculo resultante foi apresentado ao público no Teatro do ISBA - Projeto Quartas Cênicas, na Praça Quincas Berro D'Água - Projeto Pelourinho Dia e Noite e no Teatro D. Canô na cidade de Santo Amaro.  Também foram realizados workshops para pessoas com deficiência e palestra para alunos de graduação na Escola de Dança da UFBA, na Escola de Dança da Fundação Cultural e no projeto social Casa das Artes em São Francisco do Conde. Neste ano participaram Edu O., Fafá Daltro (Grupo X), Wilfrid Jaubert, Hélène Charles, Jessy Coste, Florence Morel, Marielle Guillaume (Cia Artmacadam) e Clênio Magalhães (artista convidado de Minas Gerais). 



Em setembro/outubro de 2007, o projeto então ampliado e intitulado “Euphorico - Lá- Bás Boleta”, tem lugar uma vez mais na França (La Seyne sur Mer, Marseilles, Istres e Le Pradet) trazendo duas vertentes: a primeira preserva o modelo de criação coletiva de um espetáculo de improvisação em dança para a cena, apresentado no Théâtre Guillaume Appolinaire - La Seyne sur Mer e com performances paralelas, oficinas públicas e debates; a segunda vertente reúne a apresentação de criações solísticas de dançarinos das duas companhias com o espetáculo Entre Banquete et Judite, 3 rêves de Georgete Pieton com a presentações no Théâtre de la Joliette La Minoterie em Marseilles e l'Espace des Arts - Le Pradet, na programação do « Rencontres Chorégraphiques d’Automne au Pradet». Esta última proposta consistia em apresentação de três solos, Judite quer chorar, mas não consegue! de Edu O., Banquete criado por Clênio Magalhães e Double You criação de Wilfrid Jaubert, além  do quarteto feminino 3 rêves de Georgete Pieton, coreografia idealizada por Hélène Charles. Foram realizadas, ainda, oficinas no Conservatoire National de Région Marseille para estudantes de artes cênicas. Participaram Edu O., Hugo Leonardo (Grupo X),  Wilfrid Jaubert, Hélène Charles, Kinga Samborska, Florence Morel, Marielle Guillaume (Cia Artmacadam), Clênio Magalhães, Bianca Góis, Danielle Coutinho (artistas brasileiros convidados), Philippe Festou e Stephane Kara (músicos/compositores).

No ano de 2008 a Cia Artmacadam volta ao Brasil para a realização da quarta edição do projeto intitulado “Euphorico Arréta” dando continuidade às pesquisas em Improvisação junto à comunidade universitária e pessoas com deficiência, além das mostras públicas, workshops e projetos de vídeo-dança. Neste ano o projeto Euphorico recebeu apoio do Calendário de Apoio projeto da Fundação Cultural do Estado da Bahia e do Pelourinho Cultural. Foram realizadas duas apresentações no Espaço Cultural de Plataforma e uma apresentação na Praça Pedro Arcanjo- Pelourinho. Neste ano buscou-se uma aproximação com a linguagem de vídeo-arte, propondo a performance 12h Chrono Dance, experiência sobre improvisação em diferentes lugares, durante um período de 12 horas, de forma contínua das 10h às 22h, em conexão com pesquisa sobre cronobiologia. Participaram Edu O., Fafá Daltro, Hugo Leonardo, Iara Cerqueira (Grupo X), Wilfrid Jaubert, Hélène Charles, Kinga Samborska, Marielle Guillaume (Cia Artmacadam), Drica Rocha e Milianie Matos (videomaker).

O Governo Brasileiro produziu em 2009 uma vasta programação cultural em comemoração ao Ano da França no Brasil e por esta razão a Cia Artmacadam retorna ao país para desenvolver o  Euphorico - a céu aberto, uma proposta diferenciada das anteriores por se tratar de uma pesquisa na área externa do Cine Teatro Solar Boa Vista, convivendo com a comunidade que frequenta aquele ambiente, desenvolvendo jogos coreográficos onde essas pessoas mesmo sem se dar conta já estavam envolvidas, numa iniciativa que pretendia refletir sobre o cotidiano e a rotina. O projeto Euphorico foi convidado também a participar do Palco Alternativo, mostra de dança realizada pela Escola Contemporânea de Ballet, em Salvador. Já nesta edição trabalhou-se com criação de textos, tendo participação de uma atriz em cena, estratégia coreográfica aprofundada no Euphorico de 2010. Em 2009 participaram Edu O., Fafá Daltro (Grupo X), Wilfrid Jaubert, Helene Charles (Cia Artmacadam),  Clênio Magalhães, Mirella Matos (artistas convidados).

Por este trabalho, o Ministério da Cultura e a Fundação Cultural do Estado da Bahia, convidaram os artistas Edu O., Wilfrid Jaubert e Helene Charles a participarem da residência artística "Outras Danças", em Novembro de 2009, projeto de encerramento da programação do Ano da França no Brasil, com apresentação no Teatro do ICBA.

Euphorico - a Page aberta foi a edição do ano de 2010, ocorrida na França, onde a improvisação acontecia a partir de um roteiro escrito coletivamente, mas organizado aleatoriamente. As artes visuais também serviram de estímulos coreográficos, utilizando-se em cena trabalhos da artista Fabienne Frossard. O destaque desse ano ficou com a participação do projeto no Congresso organizado pela Associação Nacional de Psicomotricidade cujo tema foi “Corps Abimé” ou “Cospos Machucados”. Realizou-se também performances nas ruas das cidades de Toulon, Sanary, La Seyne-sur-Mer, Aubagne, além de apresentações no Théâtre Guillaume Appolinaire e oficinas para crianças de pré-escola em instituições de ensino público francês. O Grupo X de Improvisação em Dança recebeu nesta ocasião apoio da Escola de Dança da UFBA através do Programa de Pós-Graduação em Dança-PPGDANCA e do Ministério da Cultura através do Edital do Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural 2010.
Participaram Edu O., Fafá Daltro (Grupo X), Wilfrid Jaubert, Helene Charles, Kinga Samborska, Mariele Guillaume, Florence Morel, Laura Petrosino (Cia Artmacadam), Phelipe Festou (músico), Fabienne Frossard (artista plástica) e Clênio Magalhães (dançarino convidado).

Em 2011, o projeto intitulou-se “Euphorico: Je t’aime” realizou durante o período do intercâmbio um  estudo investigativo sobre as relações afetivas, os encontros, as distâncias, as aproximações e ausências, os je “t’aime” que cada um traz no corpo. Motivo que também fomentou as três oficinas de criação em dança e realizadas nos dias 7, 8 e 9 de setembro, na sala de ensaio do Espaço Xisto, contando com a participação de 40 (quarenta) inscritos por dia, entre professores, estudantes da Escola de Dança da UFBA e Escola de Dança da FUNCEB, monitores e participantes do ACCDANA59, participantes do projeto Contato Sutil, realizado pela Marinha da Bahia e público espontâneo, superando as expectativas previstas no projeto. Em 14 de Setembro, das 15h às 18h aconteceu a Conversa sobre Cultura – Espaço Xisto Bahia, com a participação da Profa. Dra, Lenira Rengel mediando o debate que contou com comunicações da Prof.. Dra. Fatima Daltro (palestrante), Eduardo Oliveira (palestrante), Wilfrid Jaubert (palestrante), Helene Charles (palestrante) , Ninfa Cunha (palestrante convidada) e a Coordenadora do Espaço Xisto Bahia – Katia Costa. Na mostra artística no dia 21 de setembro, às 20h, foi constatado a presença desse público e outros interessados. De 22 a 26 de setembro o projeto residiu nas cidades de Governador Valadares e Belo Horizonte em Minas Gerais, ampliando os espaços de discussões sobre acessibilidade e o corpo da pessoa com deficiência, ao participar do Festival Dancon Liga de Dança. Participaram ainda Iara Cerqueira(dançarina convidada) e Filipe Massumi (músico convidado).

Neste ano (2012), de 22 de outubro a 06 de novembro, estamos mais uma vez na França realizando o Euphorico: je t’aime là. Com interesses semelhantes aos dos ano passado, mas obviamente totalmente diferente, porque a dinâmica deste projeto se dá na hora, no espaço e com os corpos que ocupam e são o Euphorico. Estamos trabalhando no espaço La Distillerie, em Aubagne. Participam desta edição Edu O., Fafá Daltro  e Iara Cerqueira (Grupo X), Wilfrid Jaubert, Helene Charles, Mariele Guillaume, Laura Petrosino (Cia Artmacadam), Emilie Lesbros (cantora) e Fred (músico). Recebemos o apoio do Fundo de Cultura da Bahia, através do edital Mobilidade Artística.



Ao longo desses anos o projeto Euphorico recebeu diversos apoios tanto em instâncias francesas como brasileiras, tais como:  

Brasil: Ministério da Cultura através do Edital do Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural em 2004 e 2010, Fundação Cultural do Estado da Bahia através do Calendário de Apoio 2008, Escola de Dança da UFBA, Escola de Dança da FUNCEB, Prefeitura de Santo Amaro, Espaço Xisto Bahia, Cine Teatro Solar Boa Vista, Pelourinho Cultural, Pelourinho Dia e Noite.

França: Centro Nacional para a criação e difusão cultural Chateauvallon, Prefeitura de Pradet Var, Prefeitura de La Seyne sur Mer Var, Conselho Geral var, PACA Conselho Regional, Banco Crédit Mutuel.     

sábado, 20 de outubro de 2012

Euphorico: Je t'aime lá


Há oito anos começávamos uma viagem que não sabíamos onde ia desembocar. Atravessamos o oceano, passamos por Portugal/Ilha da Madeira e chegamos ao Artmacadam. Este pedaço de terra, metade gente, metade sentimento, nos acompanha "euphoricamente" desde então. Segundo eles, o Grupo X se joga na água e eles pulam junto. Artmacadam pode ser considerado um grupo de artistas, mas para mim é um país que habita o território francês, pede emprestado aquelas terras para fazer arte por todos os cantos e como sabem fazem sorrir e como sabem amar....

Hoje, mais uma vez, estamos indo ao seu encontro viver três semanas de "Je t'aime là". Conseguimos o apoio do Fundo de Cultura do Estado da Bahia, através do edital Mobilidade Artística e vamos eu, Fafá e Iara nessa aventura de imersão e dança e corpos e vida e encontros.....

Em breve, mandaremos notícias do mundo de lá...............................................................

Por Edu O.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Pequetito relato da audiodescrição


Na última sexta-feira realizamos, no Teatro do Movimento - Escola de Dança da UFBA, apresentação de um trecho do espetáculo Pequetitas Coisas Entre Nós Mesmos, para coleta de dados da pesquisa em audiodescrição da Mestranda em Dança, Ana Clara Santos Oliveira.

As atividades começaram com o reconhecimento do espaço e dos corpos. O grupo da Associação Baiana de Cegos entrou no palco e conversou com o elenco, tocando nos elementos cênicos e em nós, assim fica mais fácil construir as imagens audiodescritas.



Depois caimos na Dança. Repetimos a mesma cena duas vezes para que Ana Clara pudesse audiodescrever de forma diferente cada uma e depois fizesse entrevista com os participantes da pesquisa.




Tivemos, desta vez, a participação de Fafá (nossa chefa) que não participou da montagem de Pequetitas. 

Ao final, houve um bate-papo muito produtivo e importante com o público, onde pudemos esclarecer algumas dúvidas, principalmente as nossas.

fotos de Ana Carla Silva

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Pequetitas com audiodescrição


Nesta sexta-feira (05-10), faremos apresentação de cenas do nosso espetáculo Pequetitas coisas entre nós mesmos. 
Um grande prazer por estar contribuindo com a pesquisa de Mestrado em Dança, da querida Ana Clara Santos Oliveira, que vem estudando sobre a audiodescrição de imagens para o acesso de pessoas com deficiência visual a espetáculos de Dança. Pesquisa importante e urgente que o Grupo X tem a honra de ser pioneiro no Brasil, ao apresentar Os 3 Audíveis... Ana, Judite e Priscila com esta técnica, em 2008. 

A experiência de sexta-feira será para a coleta de dados da pesquisa de Ana Clara e é aberta ao público em geral. Ótima oportunidade para aqueles que desconhecem a audiodescrição, conhecer e incentivar produtores e artistas a adotarem esta prática em seus projetos.


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

De portas abertas


"RE-ENCONTRO novo de novo DÓRÉMI" com o Grupo X de Improvisação em Dança.

Retomaremos nossos encontros, às sextas-feiras, dias 05 de outubro, na Escola de Dança da UFBA, 
agora das 17h às 19h (NOVO HORÁRIO!!!!). Grátis!!!!

Esses encontros consistem no compartilhamento de nossos processos criativos com os interesses e pesquisas dos visitantes.

Vamos DANÇAR, CANTAR E NOS DIVERTIR MUITOOOOOOOOO!

Todos estão convidados quem acha que sabe dançar e também quem acha que não sabe.


Foto de Larissa Cunha do espetáculo Alvuras


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Alvuras em imagens

Recebemos de presente pérolas em imagens do espetáculo Alvuras. Agradecemos a Clarice Cajueiro Miranda e Larissa Cunha pela beleza do olhar.

Fotos de Clarice Cajueiro Miranda
http://www.flickr.com/photos/clacaju/ (vale a pena conferir o trabalho de Clarice)





Fotos de Larissa Cunha
(procuraremos um link para o trabalho de Larissa, mas agora não temos)









sábado, 11 de agosto de 2012

Alvuras que atravessam os tempos...




"Os conceitos de tempo e de espaço surgem intimamente relacionados, não são só pelo papel que desempenham em relação ao conhecimento, mas, sobretudo, por uma questão de natureza eminentemente epistemológica, conforme o território científico a partir do qual são observados” (D’ALESSIO, 2007, p.09).

Os corpos que dançam cantam Alvuras expõem coleções de informações  que se modificam, se transformam e contaminam os espaços ambientes por onde transitam. Criam , através de seus deslocamentos e trajetórias de movimentos pelos cantos, salas, escadarias, cozinha, corredores e jardim, uma ambiente  fictício em sua estrutura organizacional, propício a múltiplas interpretações. Os tempos desse mundo, o corporal e o mecânico dialogam entre si para compor a dramaturgia de Alvuras. Imagens poéticas revelam situações não imaginadas e configuram o "espaço  entre" a partir dos acordos entre as diversas manifestações que estão ali reunidas em torno da obra. O amarelo da iluminação  atinge os corpos dos intérpretes transportando-os para outros lugares, estabelece canais de comunicações onde o passado, presente e futuro se reelaboram a cada instante durante o percurso itinerante da obra. Renovam a memória e trazem á tona o quanto os acontecimentos do  mundo contemporâneo se estabelecem por coimplicações, construídos pelas relações entre as pessoas, suas interpretações visuais e imaginárias no plano da cultura e das inscrições históricas (D’ALÈSSIO, 2007). Por isso mesmo,  atravessam o tempo e reverberam no mundo atual. Mesmo sem a presença corpórea dos acontecimentos do Sec. XlX, os rastros que os constituíram impulsionam  a memória corporal e instigam a revisitação de lugares sempre que nos deparamos com certas espacialidades, visualidades e as comunicações que ali confabulam. Surpreendem, comunicam e impulsionam outras visualizações e entendimentos complexos dos acontecimentos do mundo que alimentam a expressividade e os significados.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Descrição Cartaz de Alvuras


Cartaz do espetáculo “Alvuras”.

O primeiro plano mostra as informações do espetáculo dispostas de cima para baixo.
No alto, em letras brancas, os nomes dos artistas intercalados por um ponto Fafá Daltro . Andréa Daltro . Ricardo Bordini
Logo abaixo, lê-se “Alvuras”. A palavra Alvuras, em tom branco, está centralizada no alto do cartaz, e parece ter sido escrita à mão, evidenciando os ricos traços comuns à escrita do século XIX.
Sob Alvuras, lê-se em letras pequenas: “Este projeto foi contemplado pelo edital Yanka Rudzka de Apoio a Montagem de Espetáculos de Dança 2010”.
Pouco mais abaixo, em tom vermelho escuro e em negrito, o local e endereço do espetáculo: Baluar7e Casa de Arte - Ladeira do Baluarte, 07, Santo Antônio Além do Carmo”.
Exatamente no meio do cartaz, em tom vermelho escuro e centralizado, o período de duração do espetáculo e horários das apresentações: 09 a 12 de agosto, 17h e 19h.
Um pouco mais abaixo, no mesmo tom vermelho escuro, informação sobre capacidade de público do local e valor do ingresso: “Ingressos limitados: 20 pessoas. Valor único: R$ 2,00.”
Na parte inferior do cartaz, com letras em tamanho reduzido e no mesmo tom vermelho escuro, a seguinte informação: “Dia 10: O espetáculo acontecerá com audiodescrição para pessoas cegas”.
No rodapé do cartaz, da esquerda para a direita, as logomarcas dos patrocinadores do espetáculo, apresentadas da seguinte forma: “Apoio Financeiro: “FUNDAÇÃO CULTURAL DO ESTADO DA BAHIA”; “FOMENTO À CULTURA, Fundo de Cultura”; “SECRETARIA DA CULTURA”; a  logomarca da “SECRETARIA DA FAZENDA” é representada sobre fundo branco e compartilha esse mesmo espaço, separado ao meio por uma barra  vertical preta, com a logomarca “BAHIA GOVERNO TERRA DE TODOS NÓS”; “Produção”: “AMPLA” “produções e eventos”.
Em segundo plano, no canto direito do cartaz, imagem de uma armação de indumentária do universo feminino, disposta de lado, sem cabeça, braços ou pernas, com coloração marrom. Sobre a armação, um espartilho do século XIX que realça e afina a cintura. Por cima da imagem, encontram-se três trevos com três folhas cada, cujos caules se entrelaçam.
No terceiro plano, fotografia antiga de uma mulher jovem, pele clara, trajada em longo vestido preto, ajustado ao corpo, com recorte abaixo do pescoço, o que deixa seus ombros à mostra. Ela olha para a frente, como se estivesse observando algo mais distante. Ela usa um grande e alto chapéu preto. Sua cintura está bem marcada, seus quadris evidenciados, desenhando uma curvatura sinuosa.
Fundo do cartaz em tonalidade sépia. À medida que a tonalidade aproxima-se do cabeçalho e do rodapé, vai escurecendo pouco a pouco até tornar-se preta nas partes superior e inferior do cartaz.

Crédito das Descrições do Cartaz “Alvuras”: Ana Clara Oliveira (roteirista) e Adriana Urpia (revisora), membros do Grupo TRAMAD (Tradução, Mídia e Audiodescrição), coordenado pela Professora Doutora Eliana Franco.
*Vamos aprendendo com durante o percurso, embora estejamos nesta causa há algum tempo tem coisas que nos passam e que não somos informados. Uma dessas é a importância de se descrever o material de divulgação para que a pessoa cega possa saber o que é a imagem.

CONVITE ALVURAS



Video produzido por Victor Venas. Convite para estreia de Alvuras, hoje (09-08), às 17h e 19h, na Baluar7e Casa de Artes - Ladeira do Baluarte, nº 07, Santo Antônio Além do Carmo. R$ 2,00.

Estão todos convidados!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Reservas ALVURAS esgotando

As reservas para o espetáculos ALVURAS estão bombando, principalmente para o dia 10-08 (sexta-feira), dia em que ofereceremos audiodescrição de imagens para pessoas cegas. A primeira sessão, às 17h, já está com as reservas esgotadas. Garanta logo seu ingresso para os demais horários.

ALVURAS - de quinta a domingo (09-08 a 12-08), em dois horários: 17h e 19h.

Reserve enviando email com RG e solicitação para grupoxdeimprovisacao@gmail.com

Lembramos ainda que será reservada metade dos ingressos disponíveis (20 ao todo por sessão). O público pode chegar e comprar ingressos na bilheteria. Estamos reservando para oferecer maior conforto, evitando lotação e impossibilidade de entrar para apreciar o trabalho.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Estréia de Alvuras

Vamos lá, está chegando o dia da estréia de ALVURAS, reserve o seu ingresso pelo e-mail (grupoxdeimprovisacao@gmail.com). Estamos disponibilizando, para as reservas, 10 ingressos por sessão para atender com maior conforto. 

Escolha entre os dias 9, 10, 11 e 12 de Agosto, e  sessão 17h ou 19h. O espetáculo atende ao público de 20 pessoas por sessão. Por isso é muito importante que faça a sua reserva!!!

Os ingressos custam R$ 2,00 e as reservas deverão ser retiradas até meia hora antes das apresentações.

*Pedimos também que de preferencia usem roupas brancas durante o espetáculo.

E não deixem de acompanhar o nosso blog!!

quinta-feira, 26 de julho de 2012



Último dia da Oficina Corpo Sonoro 27/07/12


No último dia da Oficina Corpo Sonoro, além dos participantes inscritos, recebemos um grupo de 20 pessoas cegas. Uma parceria com a Associação Baiana de Cegos, onde acontece semanalmente os encontros com a turma do ACC - Acessibilidade em Trânsito Poético - como parte da pesquisa de mestrado de Ana Clara Oliveira que fará a audiodescrição de imagens do espetáculo Alvuras, no dia 10-07.


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Oficina Corpo Sonoro 25/07/12



Neste mundo existem dois mundos,     

Foto: Viviane Fontoura
                  Existe  o tempo mecânico e o tempo corporal,



                
                  

Foto: Viviane Fontoura




Muitos não acreditam que o tempo mecânico exista

Foto: Viviane Fontoura



No lugar deles ouvem as batidas do coração
Eles sentem os ritmos de seus humores e desejos
                    
Foto Viviane Fontoura
Por outro lado, há aqueles que pensam que seus corpos      não existem


Foto: Viviane Fontoura
Onde os dois tempos se separam, a satisfação

Foto: Viviane Fonotura

E um mundo em que cada palavra dita



Foto: Viviane Fontoura

Cada toque não tem passado                                             
                                                                                                     nem futuro,


Foto: Viviane Fontoura









cada beijo é um beijo de imediação


Alvuras
 -RUMOS DA PESQUISA


Após a oficina foram realizadas definição de roteiro de cenas para o espetáculo baseada nas  possibilidades das intervenções e leituras interpretativas do público entendendo que é um espectador emancipado e na questão passado-presente-futuro, estruturando assim plantas e os caminhos percorridos por todos os envolvidos durante a execução do espetáculo. 


Foto: Viviane Fontoura