quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O vendedor de olivas


Foi especial a performance realizada no último sábado (27-10), na feira livre de Aubagne. Esta proposta foi uma continuação da oficina aberta à todo o público. Estavam inscritos profissionais de diversas áreas e faixa etária bastante diversa. Embora estivessem presentes algumas pessoas de teatro, estávamos receosos como os participantes iriam se comportar na rua. Porque sabemos como é diferente fazer uma performance em área externa para quem está acostumado à caixa preta e ainda mais com improvisação, lidando constantemente com o acaso e aproveitando o que o ambiente oferece. O resultado foi muito melhor do que esperávamos, com momentos bastante fortes. Havia algumas consignas no início para nos orientar e tentar fazer com que o grupo não se dispersasse muito. Havia bastante espaço para improvisação livre, mas deveríamos nos agrupar de tempos em tempos para realizar ações predefinidas. Ao fim, fizemos " a maior linha humana de Aubagne". Foi aí que o público nos surpreendeu, disponibilizando um minuto de seu tempo para fazer uma grande fila no meio do mercado. Lógico que algumas pessoas se recusaram a participar, mas o que ficou foi o prazer de quem aceitou nosso convite e se misturou com o grupo que improvisava. Enquanto a fila se movimentava e aumentava, havia um vendedor de azeitonas que oferecia a cada um que passava uma "oliva" e nos parabenizava dizendo que assim como ele, nós também estávamos trabalhando e merecíamos nos alimentar para continuar com aquela beleza.

Momentos que só arte proporciona.

PS. - é impressionante a higiene, silêncio e educação numa feira-livre francesa. Como vocês podem confirmar pelas fotos, podemos até deitar no chão, coisa impensável em qualquer cidade brasileira.





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